Uma das lendas envolvendo esse pássaro conta que duas índias muito amigas, viviam andando juntas para todos os lados, desde o amanhecer até ao entardecer. Um dia as duas viram um jovem cacique, muito bonito, e ambas se apaixonaram por ele, sem dizer nada uma à outra. Apenas deram a entender que estavam apaixonadas, mas sem dizer por quem. O tempo foi passando até que um dia revelaram a verdade uma à outra, sendo que ambas ficaram estupefatas com o fato de amarem o mesmo homem. Decidiram que deixariam o cacique decidir, e a preterida se conformaria. A história do amor das duas se espalhou pela aldeia, e os mais velhos resolveram perguntar ao cacique qual das duas ele amava. O cacique, envergonhado, respondeu que gostava das duas. Como não era permitido casar-se com as duas, ficou decidido que haveria um concurso de arco e flecha entre as duas no dia seguinte. No dia seguinte, o cacique avisou que aquela que conseguisse acertar a ave indicada por ele, em pleno vôo, se tornaria sua esposa. Quando uma ave muito branca passou voando alto, o cacique disse: - É essa! As duas atiraram, mas somente uma acertou. A que perdeu parecia conformada, mas aborrecida. O casamento foi realizado. A índia que perdeu foi ficando cada vez mais triste. Procurou um lugar distante e começou a chorar. Chorou tanto, que suas lágrimas se transformaram num riacho. Tupã, ao perceber tanta tristeza, aproximou-se, e a moça contou-lhe tudo. Tupã lembrou-lhe que saber perder é uma vitória, ao que a moça lhe disse que o que mais a afligia era a saudade que sentia da amiga e do cacique, mas que não tinha coragem de vê- los, pois perceberiam sua tristeza.
Perguntou a Tupã se não podia transformá-la em pássaro, pois assim poderia observá-los sem que eles soubessem. Compadecido, Tupã fez-lhe a vontade, e no lugar em que a moça estava surgiu um passarinho de aparência tão simples, que não chamava a atenção. O pássaro voou até a oca do cacique, e ficou ainda mais triste ao vê-los tão felizes. Tupã compadeceu-se novamente, chamou o passarinho e lhe disse: - De agora em diante, você será o uirapuru. Seu canto será tão bonito que a fará esquecer a própria tristeza. Quando os outros pássaros a ouvirem, não resistirão, e ficarão em silêncio. E assim é, até hoje: quando o uirapuru canta, os pássaros em volta se emudecem para ouvir seu belíssimo.
Uirapuru - Pássaro da floresta amazônica
A ave se esconde entre a robustez da vegetação, sua cor pardo esverdeado torna mais difícil a sua visualização em meio a tantas cores e formas que a exuberante amazônia exibe. Se sua presença é difícil, seu canto é ainda mais raro, pode ser ouvido por apenas 15 dias por ano, mas de uma melodia tão bela, que o transformou em uma lenda.
sábado, 25 de junho de 2011
domingo, 14 de março de 2010
Deusas Gregas
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Deusas:
HERA, a deusa do matrimônio – Um tipo tradicional de mulher, com foco no parceiro e não tanto em si mesma.
DEMÉTER, a deusa da maternidade – Para ela, a procriação é o principal motivo da existência feminina.
PERSÉFONE, a deusa menina-mulher – Atraente e sedutora, mais do que amar a um homem, este tipo ama o amor de um homem.
ATENA, a deusa independente – Mulher da sabedoria e do ofício, é feliz consigo mesma e não quer casar.
ÁRTEMIS, a deusa guerreira – Selvagem e livre, a mulher deste arquétipo busca constante superação de si mesma.
HÉSTIA, a deusa sensitiva – Simboliza o aconchego dos lares, é uma mulher em busca da paz interior.
AFRODITE, a deusa do amor e da beleza – Com magnetismo intenso, é a mais bela e governa múltiplas formas de amor e paixão.
domingo, 3 de janeiro de 2010
Lenda da Fada Oriana
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Era uma vez uma fada chamada Oriana.
Era bonita e boa. Ela guardava uma floresta que lhe tinha sido entregue pela rainha das fadas.Ela cuidava dos animais, das plantas, dos homens. Mas ela tinha um carinho especial pela velha que vivia sozinha. Ajidava-a a limpar a casa, a fazer o café, a pôr o açúcar e também a ajudava a trnsportar os paus que ela ia vender á cidade.
Ora, um dia Oriana abeirou-se do rio. Apareceu então um peixe que se mostrava muito aflito, fora de água e lhe pediu ajuda.
Oriana quando viu a sua imagem refletida na água reparou na sua beleza. O peixe dia após dia, cultivou na Oriana a vaidade e ela a pouco e pouco foi abandonando a floresta. De vez em quando ia visitar a velha mas chegou um dia que também a esqueceu por completo.
Quando apareceu a rainha das fadas e viu o abandono da floresta, ficou muito zangada e teve que castigar Oriana.
Tirou-lhe as asas e a varinha de condão.
Oriana ficou muito triste, chorou mas a rainha não a desculpou. Só lhe disse que lhe daria as asas e a varinha quando ela fizesse algo para as merecer.
Passados dias avistou ao longe a velha muito cansada e quase cega que se aproximava de um abismo.
Oriana ficou muito aflita. Quando chegou à sua beira a velha estava a cair do abismo.
Oriana mesmo sem asas, saltou do abismo e agarrou a velha pelos pés.
Nessa altura apareceu a rainha das fadas e devolveu a Oriana as asas e a varinha de condão
Então Oriana levantou a sua varinha de condão e tudo ficou encantado.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Fábula: A Borboleta
Certo dia, um homem estava no quintal de sua casa e observou um casulo pendurado numa árvore. Curioso, o homem ficou admirando aquele casulo durante um longo tempo.
Ele via que a borboleta fazia um esforço enorme para tentar sair através de um pequeno buraco, sem sucesso. Depois de algum tempo, a borboleta parecia que tinha desistido de sair do casulo, as suas forças haviam se esgotado.
O homem, vendo a aflição dela para querer sair resolveu ajudá-la: pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo para libertar a borboleta. A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho e as suas asas amassadas.
O homem, feliz por ajudá-la a sair, ficou esperando o momento em que ela fosse abrir as asas e sair voando, mas nada aconteceu. A borboleta passou o resto da sua vida com as asas encolhidas e rastejando o seu corpo murcho. Nunca foi capaz de voar…
O homem então compreendeu que o casulo apertado e o esforço da borboleta para conseguir sair de lá, eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas para fortalecê-las e ela poder voar assim que se libertasse do casulo.
Moral da história: às vezes o esforço é necessário para o nosso crescimento e fortalecimento.Se vivessemos a nossa vida sem passar por quaisquer obstáculos, talvez não conseguiríamos ser tão fortes quanto podemos ser.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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